NR-1 e Saúde Mental no Trabalho: O Impacto das Novas Diretrizes

A saúde mental tem ganhado cada vez mais destaque no Brasil, à medida que as estatísticas revelam um crescimento preocupante nos casos de transtornos como ansiedade, estresse crônico e síndrome de burnout.

De acordo com dados do INSS, aproximadamente 500 mil trabalhadores se afastaram do trabalho em 2024 devido a problemas de saúde mental, marcando o maior número de licenças da última década. O crescimento em relação a 2023 foi expressivo, atingindo 68%, enquanto, na comparação com 2014, o total de afastamentos mais que dobrou. Além do impacto na saúde dos trabalhadores, essa tendência gera um custo significativo para o INSS, estimado em R$ 3 bilhões em 2024, considerando um auxílio-doença médio de R$ 1.900. Ou seja, todos estamos pagando uma conta cada vez mais alta.

No ambiente corporativo, esse cenário se reflete no aumento dos afastamentos por doenças emocionais, tornando a saúde mental uma prioridade para empresas de todos os setores. A pressão por produtividade, metas desafiadoras, comunicação ineficaz e uma organização do trabalho inadequada podem transformar o ambiente profissional em um fator de risco significativo tanto para o bem-estar dos trabalhadores quanto para a produtividade da empresa.

Nesse contexto, a nova redação da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que entra em vigor em maio, representa um avanço. Ao incluir os riscos psicossociais na avaliação do ambiente de trabalho, a norma exige que as empresas adotem medidas preventivas e promovam um ambiente mais saudável. Entre os principais benefícios dessa nova diretriz, destacam-se a necessidade de mapear e mitigar fatores de risco emocionais, a criação de espaços de escuta ativa e o investimento no desenvolvimento de habilidades socioemocionais das lideranças. Empresas que adotam essa visão integrada da saúde mental colhem vantagens como maior engajamento, retenção de talentos e um clima organizacional mais harmonioso.

A inclusão dos riscos psicossociais na NR-1 não deve ser vista apenas como uma obrigação legal, mas como uma oportunidade de transformar o ambiente de trabalho em um espaço mais humano e sustentável. Como já dizia Aristóteles: “A felicidade é o significado e o propósito da vida, o objetivo e o fim da existência humana.” Empresas que priorizam a saúde mental contribuem não apenas para o bem-estar individual, mas também para uma sociedade mais equilibrada e produtiva.

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By Alimentação Ativa

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